domingo, 2 de janeiro de 2011

Quando a morte nos surpreende.


Eu tenho um hábito de, por vezes, olhar para trás e relembrar meus atos, minhas conquistas e até meus erros, alguns deles eu tenho possibilidades de arrumar, de refazer aquilo que está errado, de pedir perdão a quem eu guardei alguma mágoa, de dizer que amo a quem eu não disse muitas vezes, de dizer obrigada a quem me estendeu a mão, de orar... Em fim, eu posso consertá-los.
Agora, estou indo para um velório. Meu primo de 20 anos teve a coragem e a covardia egoísta (contraditório não?) de tirar sua própria vida. E agora? Por fazer esse meu ato introspectivo acabo me culpando por não abraçá-lo mais, não perceber a tendência suicída, por não perguntar e vê-lo mais... Eu sei, todos sabemos, que não posso me culpar, e muito menos me julgar. Afinal foi uma escolha dele. Uma opção. A escolha mais errada que ele já pode fazer, irreversível e incorrigível.
Então leitor e leitora, pare nesse instante e pense. A quem você deve perdão? Já disse "eu te amo" para alguém, hoje? Amanhã pode ser tarde! Percebes algum próximo triste? Ele está distante? O abrace, procure ajudar, seja útil. Não traia, jamais traia!
E por fim, cuidado com suas escolhas. Algumas delas podem ser INCORRIGÍVEIS.