quarta-feira, 28 de agosto de 2013

País rico é país sem xenofobia.

    Brasileiros, além de xenófobos são racistas.
   Sobre a "não aceitação" dos médicos cubanos, só digo uma coisa: Além de burgueses são hipócritas!
   Mas, o decadente mesmo é ver pobre criticando a vinda deles para cá. É claro que o Sistema de Saúde Pública precisa de melhorias, os hospitais de equipamentos e etc, etc e etc. Mas a necessidade de médicos é tão ou mais urgente (alguém viu a reportagem sobre a médica que faz uma jornada de 58h sem parar? Não, isso ninguém viu né? Por que estão ocupados demais apontando o dedo pro governo).
   Precisamos desses médicos que GENTILMENTE aceitaram trabalhar no interior (onde o burguesinho que leva o jaleco até pra almoçar não quer trabalhar).
  E digo hipócrita porque se fosse o FHC trazendo médicos cubanos daí ele seria o Humanitário, o Bondoso, mas, como é o Governo Dilma daí não, é a Comunista que está derrubando "o gigante acordado (?)".
    Como o povo brasileiro gosta de um comodismo então opta por ser "coxinhas" mesmo.
   Ah sim e claro, a não ser que a Dilma trouxesse médicos estadunidenses e brancos, aahh daí sim. Seriam recebidos com tapete vermelho.
   Porque são cubanos e negros são inferiores? São desqualificados? E a gente ainda "enche a boca" para dizer que não somos racistas, que essa época passou, que o Brasil é um país de todos, que todos?  Todos os ricos, né?
   "Oww burguesinho, pra você que é tão patriota, ama cantar o hino nacional lá no estádio de futebol (onde pagasse o valor de metade do salário mínimo pra entrar) lembra da parte "Verás que um filho teu não foge à luta"? Então, isso se aplica a cumprir a sua missão onde a "nação" precisar. Sabia?"
   Sabe qual é a situação dos médicos que recusam a vinda dos cubanos? Se sentem ofendidos, porque acham que foram "substituídos". Igual os paulistanos que criticavam os nordestinos que iam pra São Paulo trabalhar, eles viviam reclamando que o nordestino estava indo pra lá pra "roubar emprego de paulistano", que eram todos incapazes e pobres, mas, era mentira, era mentira de gente gananciosa, porque o nordestino ia trabalhar onde o paulistano não queria, com a mão na massa, na obra, nas construções, na limpeza, nas faxinas... Não estavam roubando empregos, estavam ocupando vagas vazias, deixadas pelos paulistanos. E daí o governo PT cria o bolsa família que diminuiu esse "êxodo rural" do nordeste para SP e os ainda criticam o bolsa família. Vai entender!
   Enfim, os cubanos não estão roubando o espaço, eles estão ocupando a lacuna deixada pelos brasileiros, é bem diferente.

terça-feira, 9 de julho de 2013

INTERPRETE-ME.


   
Olá gente bonita, cá estou nessa tarde chuvosa e fria de 09 de Julho, estou querendo o que quis Djavan em "Nenhum dia": "Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro...". Tirei uns minutos do meu serviço (arejar a mente né?) e resolvi escrever algo para vocês.
   Eu li uma frase hoje no Facebook (até compartilhei, rs) que dizia: "Livro é tão bom que deveria ser até elogio. Tipo: Você é tão... livro!". Eu conversava com minha amiga (e pastora) sobre a frase e ela me inspirou a escrever algo. 
   Para os leitores de plantão e amantes dos livros é uma bela frase né? Tão fofa! Mas, "livro" não poderia ser elogio, pois ele é ambíguo, como nós. Explico! (Ah gente, estou falando do livro como "objeto livro" e não sobre algum livro específico.)
   Você tem mais em comum com um livro que imagina sabia? Não despreze-o.
  Assim como um livro nós temos uma capa (uma pena que muitas pessoas nos julguem por ela), alguns são românticos, outros trágicos, conceituais, didáticos, ilustrados, de ajuda, reflexivos, grandes, pequenos, envelhecidos, novos, cheirosos ou não, uns famosos, outros quase anônimos, tem os que nos prendem, os que nos cansam, aqueles com pouco; com muito ou sem conteúdo; etc, etc e etc. 
   As pessoas têm um relacionamento com os livros muito interessante (assim como umas com as outras), algumas leem apenas os que lhes convém, outras leem de tudo pois querem conhecer tudo quanto desejam, há aquelas que tem livros para decoração (Ah, aquela estante da sala com um espaço vazio! É, livros ficam bem lá - Que trágico, mas, existe.), há pessoas que têm livros como manual de vida (como a Bíblia por exemplo, aliás, recomendo. É um livro fantástico! E nos traz muita coisa boa se soubermos interpretá-lo.), há quem ame-os tanto ao ponto de jamais deixá-los, vendê-los ou trocá-los, alguns, porém, não se apegam e largam deles sem maiores remorsos (Imagina, eu não largo. Há uns meses atrás, eu estava lendo o meu livro "Os Cães Baskerville" do Conan Doyle que comprei no SEBO, num dia de muuuita chuva eu deixei esse meu livro cair numa poça d'água antes de entrar no ônibus. Quando o ônibus partiu que eu senti a ausência do livro, na mesma hora eu gritei: "Aaai não, para motorista, eu preciso desembarcar, meu livro, meu livro". Ele ficou me olhando sério, abriu a porta da frente - eu ainda não tinha passado a catraca - saí correndo na chuva mesmo e quando cheguei na bendita poça ele estava lá, molhado, caído e triste. Eu o peguei e pedi mil desculpas - a mulher que estava parada próximo a mim ficou olhando sério e eu disse: "Ah é meu livro, deixei ele cair aqui na poça, que trágico". Ela só sorriu. Cheguei na casa de  um amigo meu, naquele dia, e pedi o secador de cabelo da irmã dele, fui secando cada parte molhada e depois coloquei debaixo de uma coisa pesada para ele voltar a ficar retinho... rsrsrs Enfim, deu tudo certo! Não ficou manchado, rasgado ou danificado. Mas, meu coração ficou em pedacinhos quando o vi na poça. E isso que era de SEBO rsrs).
   Mas enfim, é claro que não devemos tratar pessoas como livros, a minha "reflexão" é por outro viés (até porque as coisas foram feitas para serem usadas e as pessoas amadas, embora haja sempre os que amam as coisas e usam as pessoas.), eu me refiro ao significado que um livro tem e que pode ser muito parecido com o nosso significado. Quem nunca ouviu a expressão "Sou um livro aberto", querendo dizer: Tudo o que sou está exposto. Eu, por outro lado, digo que sou um Livro Fechado, não me avaliem pela capa, me segurem, me abracem, me abram, me leiam, mas, leiam todas as palavras, me decifrem, me interpretem. Eu vou amar. Quando você estiver numa biblioteca (lugar com muitas pessoas), observe os livros (pessoas), o jeito deles, os títulos (assim como buscamos alguns livros específicos porque dominamos o tema, ou porque queremos conhecer, também buscamos pessoas que se identifiquem conosco, as quais queremos conhecer e aprender), a quantidade, as qualidades, os gêneros... É normal que haja os clássicos, os desconhecidos, os marginalizados, os excêntricos, mas, lembre-se sempre: Não despreze-os. Conheça-os!
   Ler não é "só para quem estuda", ler é para todos. Ler melhora sua fala, sua escrita, seu conhecimento, seu intelecto, sua memória, sua lucidez... O mesmo efeito tem ao conhecer pessoas!
   Conheça livros, tenha pessoas!

Ps.: A divergência: Livros se compram, pessoas se conquistam. :)

sexta-feira, 5 de julho de 2013

A dita Dura!

   Aos que são adeptos a "nova ARENA", que sentem "saudades"da Ditadura Militar e blá blá blá... Sugiro a leitura de um livro:

"CÃES DE GUARDA - JORNALISTAS E CENSORES: DO AI-5 À CONSTITUIÇÃO DE 1988" da autora Beatriz Kushnir:


   Aqui deixo um fragmento, apenas:


   "Na noite do dia 20 de julho de 1971, sua mãe recebeu um telefonema de um delegado do Deops, em Santos, comunicando o assassinato do filho¹. Foi informada de que Merlino se teria jogado embaixo de um carro na B-116, na altura da cidade de Jacupiranga. Na versão oficial, ele tentava fugir enquanto era levado a Porto Alegre para "entregar companheiros". Na realidade, Merlino foi retirado de sua casa, em Santos, cinco dias antes, por pessoas que no início se diziam amigos e, minutos depois, instalaram o terror no local. ... Levado para Oban, na rua Tutoia, foi torturado por 24 horas e deixado em uma cela solitária. Seu estado de fraqueza agravou as fortes dores nas pernas, fruto do tempo de permanência no "pau de arara".Sem cuidados médicos, mesmo depois da queixa de companheiros, Merlino sofreu de uma gangrena generalizada, vindo a falecer no dia 19." (P.248 e 249)


____________________________
¹ Luís Eduardo da Rocha Merlino: Estudante de História na Universidade de São Paulo, esteve presente nos movimentos de 1968. Participou da manifestação diante do Tribunal Militar de São Paulo, contra a prisão de jornalistas. Estava presente no XXX Congresso da UNE em Ibiúna, em setembro de 1968, fazendo a cobertura jornalística para a "Folha da Tarde". Sua qualidade de jornalista permitiu ser ele um dos poucos presentes que não foram presos; assim sendo pôde trazer recados e informar o que realmente havia acontecido. Nessa época já havia ingressado no Partido Operário Comunista (POC).

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Bien Venidos!

   
    Quase entro num anacronismo[1] ao caminhar pelas ruas da parte cinzenta de Montevidéu. Ou seja, estar no tempo presente e observar uma cidade cujo cenário é de fins do século XVIII e início de XIX.
É como um cenário de filme inglês na consolidação da Revolução Industrial, uma sensação quase realística, o cheiro, o tom, o barulho, a fumaça. As casas, praças, avenidas e prédios com arquitetura e construção "preservadas" daquela época. Alguns prédios com datas (acredito ser de sua construção), os desenhos das janelas, das grades, das portas (aquelas portas grandes e emolduradas) e as praças com os monumentos históricos e representativos. É realmente muito bonito! Estive lá no inverno, daqueles de sentir dores no maxilar ao sair pela manhã (aliás, se um dia você for ao Uruguai e estiver frio não experimente sair às ruas pela manhã ou tarde da noite sem uma touca, seus ouvidos e nariz irão doer, é um frio cortante). As folhas de plátano[2] secas pelo chão davam um toque todo especial ao ambiente e, claro, às fotos. Impossível ir a um lugar como esse e não tirar fotos. Foi fascinante!
Viajar para o Uruguai foi um sonho realizado. Fiquei na Ciudade Vieja, uma região menos abastada da cidade de Montevidéu, mas, muito receptiva e com um cenário encantador. Lugar de gente simpática (lembrando que falo da gente daquela região, lugar e pessoas simples), receptiva, sorridente, solidária e que gosta muito dos brasileiros (pelo menos foi o que constatei enquanto estive lá).
Não falava e nem escrevia em espanhol. Não, não! Fui na “cara e na coragem”, comprei um daqueles guias de conversação e o li alguns dias antes da viagem e só. Mas, não foi nada impossível, com o passar das horas e dos dias você começa a ficar habituado com o recepcionista do hotel, vendedores nas lojas, pessoas nas ruas, novos amigos e assim por diante, no fim começamos a compreendê-los (só não respondê-los tão bem como deveríamos.)
Eu estava lá, entre amigos, para participar de uma atividade muito boa de "capacitação" em liderança juvenil - CUMBRE / Especialidades Juveniles, realizada no prédio da Intendência Municipal de Montevidéu. Eu mesmo não conhecia a Cumbre, mas, quando ouvi um pessoal comentando sobre essa atividade dizendo que ela proporcionava a unidade entre jovens de várias idades, regiões, línguas e estilos, fiquei pensando como seria interessante conhecer pessoas diferentes as quais também servem a Cristo, adquirir novas experiências e vivencia-las. Essa reflexão só me fez ficar mais ansiosa e com vontade de conhecer o evento, os palestrantes, as bandas e tudo mais.
Assim decidi viajar e conhecer essas novas pessoas, lugares e o evento em si. As minhas expectativas foram superadas e aproveitei muito do tempo, do lugar, das atividades, as reuniões, os louvores, as bandas, tudo. Senti a presença de Deus de uma forma inexplicável, lembro que num dado momento, quando participávamos de uma dessas reuniões de adoração e louvor, os jovens deram as mãos uns aos outros, fecharam os olhos e começaram a cantar, chorar, se derramar e cada um nas suas respectivas línguas, era incrível, eu chorava e percebia como Deus é grande. Para Ele não há separação, não há língua, não há país, ali era um corpo, todos juntos adorando ao mesmo Deus. Era maravilhoso, não dá para expressar com palavras, só vendo e sentindo.
Assim como os louvores, as palestras foram maravilhosas. No começo eu fiquei com um pouco de dificuldade de compreendê-las, por causa do espanhol, mas, depois fui me acostumando e consegui até fazer anotações, memorizar e identificar perfeitamente as ideias. Numa das exposições o palestrante falou sobre as dificuldades de ser cristão nas transições da vida, especialmente da adolescência para juventude, as intempéries que passamos e como devemos superá-las, sabiamente. A partir dessa palestra Deus falou comigo num propósito muito importante que é sobre a maturidade e o enraizamento do cristão.
Um dos objetivos da Cumbre (e deve ser o nosso em qualquer lugar do mundo) é educar os jovens no caminho certo[3], auxiliá-los como e quando devem agir em determinadas situações. Ou seja, orientá-los (com embasamento bíblico) a refletir de forma consciente sobre as atitudes e suas consequências (sejam boas ou más) [4], compreender o sentido de cultuar, de ser cristão, ter/ser um bom testemunho, entender a razão de sua existência e aceitar os planos e vontades de Deus[5]. É preocupante quando vemos uma geração passando sem que alguém lhes ensine, lhes advirta, lhes eduque, lhes “discipule”, sendo, portanto jovens sem base, sem orientação e sem direção. A responsabilidade está sob nossas mãos, Deus nos incumbiu a missão do “Ide”[6] e cabe a nós entender que pregar o evangelho vai além de “citar a bíblia” às pessoas, de dizer quais e quantos versículos as condenam ou as protegem, como se a bíblia devesse servir de “amuleto. Educar o jovem, no caminho que deve andar, é discípulá-lo, é ensiná-lo a meditar e compreender as escrituras, praticar o que Jesus ensinou, fazendo com que se tornem enraizados (embasados) e maduros.        
Mas, você pode estar se perguntando “O que é estar enraizado e como me tornar maduro?”. Há uma passagem bíblica que diz: “Qualquer que vem a mim e ouve as minhas palavras, e as observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante: É semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre a rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa, e não a pôde abalar, porque estava fundada sobre a rocha. (Lucas 6:47 e 48). Esta passagem fala sobre a diferença do homem que construiu a casa na areia e o que construiu a casa na rocha. Perceba que os dois homens tiveram a mesma oportunidade de construir a casa, porém, um preferiu se acomodar sobre o superficial (a areia), imaturo e sem raiz, enquanto o outro optou por cavar, cavar e ir a fundo até achar a base (a rocha), enraizado. Ou seja, a diferença não estava no terreno, este era o mesmo, a diferença estava na ação dos homens.
Trazendo isso para nossa vida entendemos que o homem que construiu sua casa na areia decidiu viver na superficialidade (da areia), sobre o imediatismo, o comodismo, aquilo que dá menos sacrifício, que é mais fácil, mais rápido, sem renúncia e sem o peso da cruz[7]. Não podemos ser jovens imediatistas, acomodados, sem fundamentos e sem raiz[8]. O que acontece com uma árvore quando esta não aprofunda sua raiz na terra? Ela está sujeita às tempestades, seca com facilidade, não dá frutos, morre e cai. O mesmo acontece conosco quando não estamos enraizados em Cristo, perdemos as forças e ficamos mais vulneráveis ao pecado, ao desânimo e dependendo sempre de “tempo bom”. Mas, as nossas habilidades, a nossa fé, coragem e força são verdadeiramente usadas/provadas quando passamos por momentos difíceis e para vencermos precisamos estar inteiramente ligados em Cristo. A árvore que mais resiste ao tempo e seus reveses são as que têm a raiz mais aprofundada na terra, mesmo que o vento a balance ela não cai, assim como a casa alicerçada na rocha. Devemos ter um enraizamento relacional[9] com Cristo, nos ligarmos a ele de tal forma que sejamos um só e isso significa sermos mais parecidos com ele do que com nossas vontades. Andar com Cristo, cantar com Cristo, namorar com Cristo[10], viver com Cristo o tempo todo e não apenas nas reuniões na nossa igreja. Cultuar a Cristo em todos os momentos da nossa vida, estudar a sua palavra e assim buscarmos o enraizamento, igual o homem que decidiu cavar, que viu à frente, viu que as tempestades (problemas) viriam e que para ficar firme precisava de base (raiz). Mesmo que isso nos exija trabalho, renúncia e dedicação. Ser Cristão não é e nunca foi sinônimo de vida fácil[11], de vida ganha, superficial, mas, de sofrer por amor a Cristo, de buscar “perfeição” aquilo que Paulo chama de maturidade. [12]


[1]Uso essa expressão no seu sentido histórico: O anacronismo ou anticronismo consiste basicamente em utilizar os conceitos e ideias de uma época para analisar os fatos de outro tempo. Em outras palavras, o anacronismo é uma forma “equivocada” onde tentamos avaliar um determinado tempo histórico à luz de valores que não pertencem a esse mesmo tempo histórico. Até mesmo avaliar objetos de um determinado período à luz do que entendemos por arquitetura do atual tempo.
[2] Plátanos são árvores típicas dos climas subtropical e temperado. No geral, são árvores de interesse ornamental, podendo atingir mais de 30 metros de altura. Possuem folhas lobadas semelhantes às do bordo, que ficam avermelhadas no outono antes de caírem no inverno.
[3] Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele. Provérbios 22:6
[4] Alegre-se, jovem, na sua mocidade. Seja feliz o seu coração nos dias da sua juventude. Siga por onde seu coração mandar, até onde a sua vista alcançar; mas saiba que por todas essas coisas Deus o trará a julgamento.
Eclesiastes 11:9
Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.
1º Coríntios 6:12
[5] Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
Romanos 12: 1-2.
[6] E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Marcos 16:15
[7] E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Lucas 9:23
[8] "Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.
Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados. (I João 15. 5:6)
[9] De relacionamento. Relacionar-nos com Cristo de forma que ele seja o nosso melhor amigo e estarmos ligados como se fôssemos irmãos gêmeos inseparáveis.
[10] Namorar com, na língua portuguesa, é namorar em companhia de alguém. Namorar A alguém é namorar essa pessoa. Sendo assim, namorar A alguém COM Cristo ao nosso lado.
[11] Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.
Mateus 16:25
[12] A palavra perfeito é traduzida no grego como maduro, desenvolvido.


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Amor pra recomeçar


Eu te desejo
Não parar tão cedo
Pois toda idade tem
Prazer e medo...

E com os que erram
Feio e bastante
Que você consiga
Ser tolerante...

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...

Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar...

Eu te desejo muitos amigos
Mas que em um
Você possa confiar
E que tenha até
Inimigos
Prá você não deixar
De duvidar...

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...

Eu desejo!
Que você ganhe dinheiro
Pois é preciso
Viver também
E que você diga a ele
Pelo menos uma vez
Quem é mesmo
O dono de quem...

Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar...


Amor pra recomeçar - Frejat

Ps.: Acho a letra dessa música muito boa, digna de "reflexão"! =D

Conversar não é impossível!

  Sobre conversar com pessoas, me falaram: "Ah mas tu conversa com todo mundo. Eu não tenho assunto pra todo mundo, não conheço todas as coisas."

  Gente, não precisa ser detentor de todos os conhecimentos para manter um bom papo com variadas pessoas. É muito simples, se é sobre o que você conhece tranquilo, se é sobre o que você não conhece então conheça com ele.


   Espero que não soe arrogante, mas, eu tenho pessoas para cada tipo de papo.

  Eu não vou chamar alguém que só fala de futebol para perguntar o que ele acha da "atual conjuntura política na Líbia", ou chamar uma pessoa que adora política para perguntar "o que ele achou da cor da nova série que saiu da Koleston". Não dá né!

  A grande sacada de ter um bom papo com variadas pessoas é você abrir a cabeça para  dar, receber e aprender todos os tipos de informações 
(por que não? Vamos deixar esse orgulho de que temos que saber de tudo o tempo todo). Seja no mínimo comunicativa e pare de ficar choramingando que não tem "amigos" ou pelo menos alguém pra conversar!

  Às vezes bater um papo longo pode ser simplesmente ouvir alguém e falar meia dúzia de palavras, ouvir mais e falar menos, ouvir os outros e esperar a sua vez de falar. Expressar interesse no que o outro está falando (mesmo que não seja muito sua praia).


  Eu entendo que nem todo mundo é comunicativo, mas toda pessoa tem algo que gosta ou que não gosta. Tudo pode se tornar um bate papo agradável! Vale tentar! =D

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A arte de "hermeneutizar".



É claro que fiz esse título com um neologismo para chamar tua atenção!
Por acaso já ouviste falar em Hermenêutica?
O termo hermenêutica provém do verbo grego "hermēneuein" e significa "declarar", "anunciar", "interpretar", "esclarecer" e, por último, "traduzir". Resumindo de uma forma clara e mais usual, é a "arte da interpretação".
Bonito né? ARTE da interpretação! Eu diria que é uma "fina arte", algo a se considerar muito principalmente na conjuntura em que vivemos.
Está muito fácil arrumar argumentos hoje em dia, se tu és um cara que "sabe falar" (orador, persuasivo) basta dizer "olha camarada, essa é a minha interpretação e é a minha verdade." (ah sim, esqueci de dizer que hoje em dia a verdade é extremamente relativa, então a "minha verdade" pode não ser a "tua verdade" - confesso que acho isso perigoso demais e pode criar mentalidades petrificadas). Bom, e digo "fácil de arrumar argumentos" que persuadem, estou "ignorando" - aqui e agora - o fato de considerar um argumento concreto (onde este deve ter fundamento e fontes de embasamento).
Mas enfim, eu não vim aqui nesta manhã cinza-escuro, chuvosa, fria, às 07h30 dizer que "a interpretação é uma só, a verdade é só a minha, leiam meu Blog para adquiri-la" e bla bla bla. O que me motivou escrever agora foi o fato de ler algo sobre a visão da bíblia a respeito da mulher, um ponto de vista (de John Piper) interessante e positivo sobre a mulher (em questão: a bíblia).
Antes de escrever este texto eu fiquei pensando numa sentença que surgiu na minha mente e ficou se repetindo: "Cada um interpreta o fato (geral) a seu favor!" Bom, isso não é regra, mas, já parou para pensar que as interpretações são feitas para que se formem opiniões, personalidades e até igrejas? (é, até igrejas, com suas mais variadas interpretações bíblicas).
Bom, como interpretamos um quadro 'x' de Picasso? Alguém pode dizer "Aah, esse quadro nos trás o sentimento melancólico de Picasso num momento intenso de sua vida amorosa e íntima de um romance cíclico...", quando na verdade Pablo pintou aquele quadro pensando na cachorrinha de sua irmã que tivera o rabo decepado. Entende o que eu quero dizer?
Já aconteceu comigo mesmo, de escrever uma frase lá no meu status do facebook num momento sério e reflexivo, mas, a frase (sem eu perceber) ficou tão aberta à interpretações que alguém comentou algo como: "kkkkkk... ótima ótima!". E eu fiquei me perguntando: "Ótima? Onde ele viu a graça? Não era pra rir!" (eu mesmo fico rindo agora ao lembrar disso). Me entendeu agora, então?
A interpretação é algo bom, que nos faz pensar, refletir e estudar, mas, é como cerveja "tem que ser com moderação" e como um aventureiro "aberto a novos desafios". O que quero dizer é que a preocupação que me atinge não é a questão de a pessoa interpretar, mas, o fato de isso ser um motivo de "auto afirmação" de personalidades duras com mentes imutáveis. 
Convenhamos, não é agradável e nem fácil conversar com aquele cara "Gabriela" (Eu nasci assim, vou morrer assim...) para tudo que se fale, para todas as áreas! As interpretações são boas, e necessárias para que firmemos uma linha política, uma linha religiosa, de pensamento, de personalidade, mas, não devem ser uma arma de afronta. É bom quando temos a nossa interpretação, mas melhor ainda é quando abrimos a mente para compreender (e não digo aceitar e concordar) a dos outros.
Por exemplo, eu sou cristã, evangélica, e PARA MIM a bíblia tem UMA interpretação e esta é a ÚNICA verdade que é CRISTO! Então seja qual parte dela for, eu vou interpretar como algo que Cristo quer me ensinar (mesmo o AT). Mas, isso não me dá um "mandado de prisão" para quem não crê, isso não quer dizer que devo oprimir a interpretação dos outros. Embora eu sempre vá ter a minha interpretação em minha defesa. (e não ameaça!)
Se houvesse um consenso quanto a isso, acho que haveria mais amor e menos guerra.
Mas, eu sei... eu sei... Não é fácil quando alguém vem menosprezando tua interpretação, tua opinião, metralhando aquilo que tu tens na mente, mas, pode perceber que o cara que faz isso é porque ele não sabe conversar. Uma dica que eu deixo é: Procure embasar tua interpretação, fundamenta-la, se tiveres feito isso, não terás problemas em expressá-las. Se ainda assim o outro discordar faça questão de compreender o lado dele, não desafie-o, não afronte-o. Apenas pondere e compreenda. Isso fará de você uma pessoa respeitada e querida.

Ps.: Quem nunca foi mal interpretado? Que atire a primeira pedra.
E quem nunca interpretou mal. Também atire!
Vale a pena, antes de qualquer interpretação, dialogar com quem expôs. Ou seja, embasamento para argumentar e embasamento para questionar o argumento. Afinal de contas, somos humanos, erros ocorrem. Nada mais gratificante que reconhecer que tu não te expressastes bem, ou reconhecer que tu não interpretaste bem alguém.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A evolução humana.


 Não é fantástica a "evolução" humana? Sabe em que era, época nós estamos? Nós estamos na Idade da Pedra ou no mínimo Idade Medieval.
  Ah sim, estamos! Pensemos: descobrimos a cada dia coisas novas para que facilite a vida humana e ao mesmo tempo a torne preguiçosa (a tecnologia em prol da sedentariedade humana, veja bem, não estou dizendo que a tecnologia é ruim, ou o desenvolvimento da ciência, pelo contrário é uma das verdadeiras evoluções, uma pena que nem todas para o benefício da humanidade. Alguém aí já viu o desenho da Walt Disney - "Wall-e"? Então vejam que vão  entender o que eu quero dizer!).
  Tratamos nossas mulheres como seres inferiores, a violência contra mulher tem crescido nos últimos anos não?! Sim, a puxamos pelo cabelo ainda, e a agredimos, não damos lugar a elas (claro, elas podem superar os homens. Isso, na verdade, é puro medo daqueles considerados machistas!).
  Os negros? Negros são seres inferiores, sem alma, negros, pardos, tanto faz, tudo igual (viram a reportagem que saiu recentemente sobre a abordagem da polícia às pessoas "suspeitas", salientando que os negros e pardos deveriam ser os principais suspeitos? Por que o medo? É senso comum. Que triste! A verdade é que os negros são como nós, como todos, a diferença é que têm uma história de mais garra e força que a nossa, afinal de contas eles venceram, resistiram a uma fase de repressão emocional - muito maior que a Ditadura -, moral, física e verbal e hoje conquistam seu espaço cada vez mais. Ah sim, e tem uma pele resistentemente maravilhosa).
  Índio? Para quê índio precisa de lugar? Nós somos melhores, somos brancos "europeus" (na verdade uma cambada de miscigenado onde muitos tem sangue indígena e nem sabe), o índio tem que ser exterminado, afinal de contas eles não são civilizados, ou então vamos embutir a "moral certa" neles, forçando-os a viver como nós, brancos superiores (lembrando que os Espanhóis trouxeram todo o tipo de doença para as Américas,  os índios até então só conheciam "dor de barriga", enfiaram a religião e a cultura europeia nas tribos - como se os índios já não tivessem a cultura deles).
  O casamento? Ah esse foi feito para procriação. Enchamos e enchamos a terra e multipliquemos até não podermos mais sustentar os nossos filhos e deixá-los "a lá bangú" na rua, ah sim e quanto mais pobre formos mais filhos devemos ter. Olha como somos evoluídos! Sejamos todos conservadores, obedientes à grande mídia.
  Olha como evoluímos, até "recriamos" a ARENA, não é fantástico? Pra quê deixar o povo falar, se manifestar? Agora nem precisa mais de manifestação né gente, estamos numa democracia (Democracia! Arram... Cof Cof... Onde a mente do povo é completamente influenciada, onde se oprime a liberdade de expressão, lembram da morte "recente" do blogueiro Mosquito (Amilton Alexandre)? - acho que se eu não "melhorar" esse meu texto capaz de alguém me ameaçar, isso lembra alguma coisa? Tipo: CENSURA! Quase voltamos a década de 60 e 70 isso sim, só que com menos armas, ou menos milicos na rua).
  Distribuição de renda, ué meu filho, se tu nasceste pobre não posso fazer nada! Eu já nasci rico, ou consegui me encaixar na política (tipo uns que caem de paraquedas, Oh Senhor!), agora tu aí que é pobre, vai trabalhar vai, porque é um absuurrdooo essa Bolsa Família, criando preguiçosos no Brasil. (PELAMORDEDEUS, a Bolsa Família é uma mísera porcentagem do PIB e dado a quem realmente precisa, sem contar que diminui o forçoso "êxodo" do nordeste para São Paulo.
  Ah Cristiane, bom chega! Comparar-nos a Idade Média? Isso é um absurdo! Por exemplo: A Igreja Católica não cobra mais indulgências. Agora somos todos "cristãos", iguais, nossas igrejas só arrecadam dinheiro para se manterem e dar conforto aos fiéis. (Arram, sei. Cambada de mercenários, ladrões, que NÃO SABEM E NEM CONHECEM o que é ser CRISTÃO, o que é ser no sentido puro e original evangélico - a propósito antes de sair criticando os evangélicos conheça a realidade de todas as igrejas, e sobretudo das pessoas evangélicas. Nem todas são universais, nem todas são Edir Macedo. #ficaadica). 




 Gente vamos lutar contra essa INVOLUÇÃO humana. Contra o sistema (de novo cito o Wall-e, alguém lembra quem controlava as pessoas dentro da nave? O "sisteeeema"!) Não estou dizendo para sair com cartazes escrito: "ABAIXO CAPITALISMO", nem dá né gente! Não vamos ser hipócritas também. A luta contra o sistema a que me refiro, é contra o Sistema Repressivo, onde é sempre a maioria que ganha, são sempre os mesmos: o culto a magreza, a riqueza, a fama... E só prevalecem esses cultos se tiverem fiéis. Fiéis à mídia, fiéis às falsas ideias, à magreza e etc. Vamos ser nós, por nós mesmos Pensarmos e agirmos por nós mesmos.



Ps.: Espero que o leitor tenha identificado onde escrevi com extrema ironia e onde eu escrevi a minha real ideia.


Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores
Geraldo Vandré

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção

***

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão

***

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão

***

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não

Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer


Ps.: Como pode? Tanta sensibilidade, naturalidade, poesia, realidade e intensidade numa letra.

Vandré, o incrível!