quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Sentimentos e o tempo.

Você percebe que sentimento é uma coisa louca e a intensidade é o que conta, e não o tempo, quando vê que o que sentiu por alguém em anos não chegou nem na metade do que sentiu por outro em meses.
Confirmei minha própria teoria de que o tempo é relativo e o que define o sentimento é a intensidade. Para tudo na vida.
Só não tenho sorte. Mas por falta de experiência não morrerei.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Paixão.

Às vezes me arde o coração,
de sentimentos distintos,
De arrependimento e paixão.
Num mesmo espaço, peleiam entre si,
entre mim, sem fim.
De súbito possui-me um sentimento de força, de certeza,
de objetivo e clareza.
Acredito em mim. Deixarei de ti.
Maldito coração, bem que te adverti.
Basta-me teus olhos, como vidraça velha me despedaço.
O nó na garganta, derreto-me pelos olhos, me resumo num embaraço.
Não acho o fiel da minha balança,
Quando te afastas,
Perco a esperança.
Me conduzes dentro do teu compasso,
Naturais, acidentais, diminutas,
Conforme a tua música eu me desfaço.
E que a vida te bendiga,
Fora ou dentro do horizonte dos meus olhos,
O teu caminho, siga.
O meu peito deseja e aqui estará,
Ainda que em luta ferrenha,
Não é para sempre que esperará.

Perfeição.

De corpo e alma, nuas.
Eu olhava para ela, ela para mim.
Seus olhos diziam o que minha mente pensava.
Observei o desenho do seu corpo. Cada detalhe!
Vi defeitos. Aparentes e ocultos defeitos.
Saí dali, não a vi mais.
Sentada, com a cabeça entre as mãos e braços apoiados nas coxas, refleti. Voltei!
Lá estávamos novamente.
Percebi que os defeitos antes apontados partiam do princípio das opiniões alheias. Amigos, conhecidos, chegados... que me disseram uma ou duas vezes o "que faltava para eu ser perfeita".
Que triste!
Que triste quando a perfeição para alguém está no físico.
Coisa que passa, coisa que vai, coisa que cai, coisa que morre...
Eu disse a ela: Tu és muito mais que isso. Além do físico! Faça-se lembrada pelas atitudes, pela inteligência e sabedoria.
As pessoas perfeitas são, na verdade, justamente as que possuem defeitos, cometem erros, aprendem com eles e sobrevivem a isso.
Essa é minha definição de perfeição!
O corpo faz de mim alguém interessante nos primeiros 15 minutos ou 15 dias, depois, preciso ter algo a oferecer. Algo que é intangível.
O corpo morre, a alma vai, mas o legado fica.
De frente uma para outra sorrimos e concordamos.
Disse obrigada ao meu ESPELHO e deitei-me solita, mas, em paz.


Já pensou e as pessoas não se prendessem a detalhes físicos, mas, aos de personalidade e caráter?

Quem nunca.

Quem nunca sentiu raiva de si mesmo por errar, por desafinar, por se apaixonar, se permitir, se submeter, se ferir, por não conseguir desenvolver o texto; a música; o trabalho, por falar de mais ou de menos? Quem nunca odiou a si mesmo por ter entrado sozinho no problema e sozinho ter que sair dele? Quem nunca fez questão de tentar só pra ver se daria certo? Quem nunca sonhou, ciente de que era sonho, e não quis crer que estava apenas sonhando quando acordado com vários tapas na cara? Quem nunca se apaixonou? Se fez de cego! Ou ficou cego! Me diga, quem nunca se doou esperando algo em troca e de lá veio um "você é um amigo como tantos outros".
Se há, entre vós, alguém que não passou por nada disso, diga-me como é desse lado. Conte-me como é.
Não deveria, mas, embora evitáveis, tombos são necessários. Assim ficamos mais espertos no restante do caminho. Só sabe o valor da cura, quem adoece. Ou quem esteve sempre ao lado de um doente.

As resolvidas...

Dizem que as bem resolvidas assustam, espantam... acho que pelo fato de mostrarem-se independentes e de que não morrerão se perder alguém, ou se de alguém não tiver a reciprocidade sentimental. 
As bem resolvidas abalam-se, choram, amam... perfeitas mulheres. O diferencial está em saber perder, aceitar, transformar e viver, colhendo do sofrimento a experiência. Cultivando sabedoria. Doando-se a quem vale a pena!

Diga-me.

Quantos textos decorei nas madrugadas de insônia, e no momento de externa-los esvaíram-se em sombras, em angústias do nada dizer. Simplesmente porque teu olhar me desconserta, me atinge as camadas da alma. Restando-me o silêncio, embriagado na vontade de te amar.
O silêncio é uma linguagem que poucos entendem, por mais que dos olhos saia a interpretação. Mas e o que faço se sem teu olhar, sem teu falar, só me resta o silêncio? Olha-me. Ou então diga-me venha, ou diga-me adeus, mas, diga-me algo.