quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Quem nunca.

Quem nunca sentiu raiva de si mesmo por errar, por desafinar, por se apaixonar, se permitir, se submeter, se ferir, por não conseguir desenvolver o texto; a música; o trabalho, por falar de mais ou de menos? Quem nunca odiou a si mesmo por ter entrado sozinho no problema e sozinho ter que sair dele? Quem nunca fez questão de tentar só pra ver se daria certo? Quem nunca sonhou, ciente de que era sonho, e não quis crer que estava apenas sonhando quando acordado com vários tapas na cara? Quem nunca se apaixonou? Se fez de cego! Ou ficou cego! Me diga, quem nunca se doou esperando algo em troca e de lá veio um "você é um amigo como tantos outros".
Se há, entre vós, alguém que não passou por nada disso, diga-me como é desse lado. Conte-me como é.
Não deveria, mas, embora evitáveis, tombos são necessários. Assim ficamos mais espertos no restante do caminho. Só sabe o valor da cura, quem adoece. Ou quem esteve sempre ao lado de um doente.

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